terça-feira, 26 de setembro de 2017

Como aproveitar da sua deficiência para obter vantagens



Acredito que a maioria das pessoas sabem que existem horários especiais para concursados e cotas para deficientes físicos que querem ingressar em alguma instituição pública. 

Nos concursos que prestei a maioria tinham vagas para pessoas deficientes, os que não tinham eram só aqueles que tinha poucas vagas, por exemplo, 1 ou 2. Eu não sou contra essas vagas, até porque a maioria das deficiências podem atrapalhar a vida da pessoa. 

No órgão que trabalho atualmente tiveram vagas para pessoas com deficiência física. Conheço alguns que entraram. Alguns tem problemas de visão, outros em algum membro, por exemplo, pernas e braços.

Para a pessoa ingressar na instituição é preciso passar por uma junta médica para avaliação. Através dessa analise, a pessoa pode ter uma redução de horário de trabalho sem sofrer redução de salário, etc. Você pode ler mais sobre isso clicando aqui.

Eu vou falar especificamente de um caso de um colega meu do órgão que é deficiente físico. A sua deficiência é de nascença, ele manca um pouco da perna e tem um braço meio torto. Eu o perguntei se essa deficiência atrapalhava em alguma coisa e ele disse que não. Ele é programador de sistemas igual a mim. Somos do mesmo concurso e cargo.

Ele trabalha 6 horas nesse órgão, só que ele passou em outro órgão público estatual e está trabalhando atualmente nos dois, ou seja, está acumulando cargos. Como ele trabalha 6 horas no órgão que trabalho o acumulo de cargo é possível, mas uma coisa que eu e alguns colegas perceberam é que ele está tendo vantagem nisso, pois se a junta médica determinou que ele só deveria trabalhar 6 horas por causa da deficiência, isso em tese ele não deveria trabalhar além disso.

Ele ingressou nesse novo concurso há pouco tempo, por volta de 6 meses, mas acredito que ele pode se prejudicar, pois há um cadastro de acumulo de cargos todos os anos no órgão e eles poderão ver isso e perceber que há alguma discordância em relação a isso.

Esse negócio de deficiência é tão chata que para quem trabalha 6 horas e deve alguma hora, ele não pode trabalhar nem uma hora a mais para pagar, tem que trabalhar em outro dia para pagar, por exemplo, no sábado.  

E aí pessoal o que vocês acham sobre esse assunto?

Abraços,
Cowboy Investidor

21 comentários :

  1. Trabalho com pessoas que entraram através de cotas de deficientes. É uma oportunidade muito boa, já que a concorrência é reduzida ao extremo.

    O seu colega só pode acumular cargos que estejam nos moldes que determina a constituição senão futuramente ele poderá ser notificado a escolher apenas um.

    Abs!

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    1. Olá AF,

      Essas cotas ajudam demais essas pessoas. Acho errado o que ele está fazendo. Pela minha interpretação ele está burlando a lei.

      Abraços.

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  2. Certa vez peguei uma carona com um cara que tinha passado em um concurso por cotas pra deficiente físico, por não ter alguns dedos. Era completamente normal e podia dirigir, mesmo assim usou isso como vantagem. Conto isso pois ele mesmo me contou na viagem sobre o golpe que deu, com um pouco de vergonha.

    Sou totalmente contra qualquer tipo de cota.

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    1. Olá CF,

      Eu acho que ele é um cretino mesmo. Está aproveitando da situação. Acho que ele vai se ferrar.

      Abraços.

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  3. Fala Cowboy

    Situação extremamente delicada. Seu colega está buscando dois empregos para auferir uma renda maior. Mérito dele em se desdobrar em duas ocupações remuneradas. No entanto ele buscou dois empregos na esfera pública, onde existem uma série de regramentos a respeito sobre funções e suas respectivas possibilidades de cumulação. Portanto, apesar de à primeira vista a intenção ser positiva, o modo que ele escolheu para realizar tal ambição é rechaçado pela lei.

    Poderia acumular tal função se fosse dois cargos de professor; um de professor e outro de técnico; e dois cargos na área de saúde. Me parece que ele não se encaixa em nenhuma hipótese. Portanto, já que a lei (em tese) deveria ser para todos, tal situação deveria ser resolvida de imediato pelos superiores hierárquicos do rapaz.

    Abs!

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    1. Olá TR,

      O outro cargo que ele ocupa é de professor. Os horários batem, mas o horário dele é reduzido porque ele deficiente e o horário de trabalho é reduzido por causa disso. Logo, dá para entender que ele não deveria trabalhar em outro emprego.

      Abraços.

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    2. Mas nesse caso a acumulação não seria legal (por ser uma de técnico com uma de professor)? Pq ele estaria dentro das 2 leis, a da redução de carga horária do deficiente e a da acumulação de cargos. Agora não sei se as leis se "conversam".
      Mas mesmo se isso tudo estiver dentro da lei, isto me lembra das aulas de ética de que nem tudo que é legal é moral.

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    3. Olá Z1F,

      Os horários batem, mas se a lei reduz as horas para não afetar a vida do deficiente, então é ilegal trabalhar mais que isso. Caso isso seja aceito o cara está tendo beneficio a mais, tendo vantagem sobre os outros.

      Abraços.

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    4. No meu parco conhecimento, ele não pode acumular. Há a questão da especificidade.
      A regra de acúmulo é geral (para todos os cargos públicos), dai podem decorrer exceções (ex. militar e professor) ou limitações advindas de outra norma, como é caso: se ele somente pode trabalhar 6h por ser deficiente, isto o obstaculiza de trabalhar mais horas em QUALQUER OUTRO TRABALHO, ainda que não seja público. Perceba que ele "concorre de maneira desleal", pois não fosse o "benefício" pela condição de deficiente, não poderia acumular os cargos, creio eu (incompatibilidade), ou, no mínimo, se pode trabalhar X horas a mais, pode trabalhar o mesmo tanto de horas das pessoas sem deficiência.

      Sinceramente,
      eu adotaria providências.

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    5. Olá FPI,

      Verdade o que você escreveu. Ele está arriscando, acho que ele vai levar ferro.
      Eu vou ficar na minha.

      Abraços.

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  4. Olá Cowboy!

    Eu já trabalhei com deficientes físicos no esporte e conheço bem suas limitações. Não sou contra regras especiais para dar a eles oportunidades de trabalho, mas acredito que eles precisam fazer jus às regras especiais. Isso é, se eles a usarem para obter benefícios pessoais como seu colega, as regras acabam sendo injustas para o resto da população.

    Além disso, seja no setor público ou privado, eles precisam ter bom desempenho para justificar seus empregos. Sou contra qualquer tipo de coitadismo. E acredite: a maioria dos deficientes também são contra e odeiam ser tratados com diferença. O problema é que, infelizmente, a minoria quer tirar vantagem disso.

    Falar que há necessidade de algum tipo de "auditoria" para checar abusos pode parecer uma solução fácil, mas é assim que a estrutura do estado acaba inchando e diminuindo a produtividade do país. Enfim, se dependêssemos de boas índoles, tudo seria mais fácil, mas estamos lidando com seres humanos rsrs

    Abraço!

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    1. Olá André,

      Pois é, meu colega está aproveitando da lei e isso eu acho errado. Eu não sei se ele entrou no novo concurso por cotas. Vou dar uma pesquisada.

      Abraços.

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  5. Olá CI,

    Brasil: Pessoal sempre aproveita as brechas ...

    Te contar um caso: Conheço uma pessoa que tem a filha com deficiência e compra carros com desconto (novos) para revender ...

    Abraço

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    1. Olá VDC,

      Pois é cara. É provável que ele ainda reclama dos políticos. Cara corrupto.

      Abraços.

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  6. É cowboy investidor. Eu sou contra a maioria dessas cotas e benefícios sociais porque estimulam o cidadão a ficar acomodado. Mas, já que existem o mínimo que as pessoas devem fazer é usar só o que precisam e não montar esses esquemas corruptos que só contribuem com a manutenção do jeitinho brasileiro.

    Isso me lembra o caso das faculdade públicas. Em nenhum momento os estudantes param para pensar que eles estão estudando nas costas dos pagadores de impostos e o mínimo que eles deveriam fazer é levar os cursos a sério e evitar ao máximo reprovar ou pegar dp nas matérias ao invés de perder anos na pura putaria. Não sou contra a faculdade pública porque eu mesmo estudo em uma, mas em nenhum momento eles param para pensar que tem gente que nunca fará faculdade sendo obrigada a custear a deles.

    Ninguém tem um pingo de gratidão e agem como se fosse obrigação dos pagadores de impostos custear os benefícios sociais, a educação pública e a porra toda.

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    1. Olá Anon,

      Excelente comentário. Esse negócio que acontecem nas universidades é verdade. Estudei em uma e o pessoal não está nem aí.

      Abraços.

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  7. Caramba, se ele trabalha menos justamente por causa da condição dele, e está provando que tem capacidade de trabalhar mais, deveria sim ser revisto isso. Mas estamos no Brasil, e mudar essa mentalidade é algo difícil. É difícil tanto mudar a mentalidade dele, quanto a administração pública passar a verificar isso direito.
    É o velho "jeitinho" em ação novamente.

    Discussão bem interessante.

    Abraços

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    1. Olá DP,

      Pois é, como você falou: ele está provando que não precisa de cotas. Pois é, se tratando do Brasil, o jeitinho é difícil de acabar.

      Abraços.

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